quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Duas xilogravuras...

"Infância"; xilogravura; 1997



... e um poema de Cláudia Lemos:


Chão do Tempo [* ]


Infante o homem
toma a lembrança
de seu quintal de liberdade

O pássaro primeiro
em mãos de futuro
passeia  possibilidades

A velha criança
floresce a raiz
cravada na rocha do tempo

E nas asas
se desfaz
faz
refaz
o menino de nunca mais.



.



[ * ] Poema em diálogo com a xilogravura "Infância", originalmente publicado aqui.

Cláudia Lemos escreve nos blogs Controvento-Desinventora e Semanário

Grato, Claudiamiga!

"Crianças"; xilogravura; 1997

2 comentários:

Lucia São Thiago disse...

Raul, adoro xilo. Adoro o preto e o branco dela e do nanquim. Obrigada pelo comentário lá nas carambolas. Sua visita é sempre bem-vinda. Volte sempre. Essa xilo é sua? Bjos.

Raul Motta disse...

Oi, Lucia:

Sim, as xilos são minhas - aliás, as únicas que já produzi. Também me encantam as possibilidades gráficas e a complexa simplicidade do preto e branco - qualidades que o seu belíssimo trabalho revelam tão bem!

Grato pela visita e comentário, está feita a ponte...

Abraços e bons caminhos pra ti!