"Horizontes"; aquarela, s/d |
Sou carioca, mas com toda a primeira infância vivida em uma Brasília recém nascida, toda horizonte. Chão e céu competiam em imensidão e abrigavam os jogos de infância: finca, gude, guerra de mamonas... E a pipa, esse brinquedo que é também extensão do corpo, que nos permite voar com os pés no chão.
Pois essas memórias me vieram à lembrança ao encontrar esta aquarela numa antiga pasta de desenhos; e a aquarela, por sua vez, me lembrou este poema, publicado no meu há palavra e que transcrevo a seguir:
Solto a linha
Do carretel
Empino a pipa
Alto no céu
Sonhei um dia
Voar assim
Mas, pé no chão,
Caí em mim
O céu da pipa
Não tem fim
O céu da pipa
É dentro de mim!
[ Raul Motta ]
Do carretel
Empino a pipa
Alto no céu
Sonhei um dia
Voar assim
Mas, pé no chão,
Caí em mim
O céu da pipa
Não tem fim
O céu da pipa
É dentro de mim!
[ Raul Motta ]
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