"Florluar"; aquarela, s.d. |
domingo, 16 de outubro de 2011
Humana natureza
"Viver é desenhar sem borracha"
A frase que dá título a esta postagem é do genial Millôr Fernandes, eterno mestre do traço e da palavra, referência do desenho de humor sofisticado e do texto inteligente, artista de importância fundamental para o desenvolvimento das artes gráficas no Brasil. E como já disse um outro frasista genial, Karl Kraus [1874-1936], se "um aforisma é uma meia verdade, uma verdade e meia", a frase do Millôr é certamente uma dessas "meias verdades e meia" insofismáveis.
Pois esse frescor vital a que se refere Millôr é o mesmo que dá prazer a qualquer desenhista ao rabiscar sem compromisso, deixar fluir a mão e, assim, poder se surpreender com o resultado. Os desenhos a seguir são alguns desses rabiscos, fragmentos de uma "vida sem borracha"...
"Jogo de bola"; caneta bic, 2005 |
"Garoto"; caneta, 2011 |
Contemplativo
"Contemplativo"; grafite sobre papel, s/d |
.
Agradecimentos mais que especiais à poetamiga Clarice Villac, sensível antena e terna difusora das boas causas, por ter levado meu Contemplativo para fluir nas águas do blog Cantinho Literário SOS Rios do Brasil.
Grato, Clarice!
Grato, Clarice!
Valem uma visita:
O Cantinho é o afluente literário do blog SOS Rios do Brasil
+
Clarice Villac no Ponto de Luz
O Cantinho é o afluente literário do blog SOS Rios do Brasil
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Clarice Villac no Ponto de Luz
Memórias...
"Horizontes"; aquarela, s/d |
Sou carioca, mas com toda a primeira infância vivida em uma Brasília recém nascida, toda horizonte. Chão e céu competiam em imensidão e abrigavam os jogos de infância: finca, gude, guerra de mamonas... E a pipa, esse brinquedo que é também extensão do corpo, que nos permite voar com os pés no chão.
Pois essas memórias me vieram à lembrança ao encontrar esta aquarela numa antiga pasta de desenhos; e a aquarela, por sua vez, me lembrou este poema, publicado no meu há palavra e que transcrevo a seguir:
Solto a linha
Do carretel
Empino a pipa
Alto no céu
Sonhei um dia
Voar assim
Mas, pé no chão,
Caí em mim
O céu da pipa
Não tem fim
O céu da pipa
É dentro de mim!
[ Raul Motta ]
Do carretel
Empino a pipa
Alto no céu
Sonhei um dia
Voar assim
Mas, pé no chão,
Caí em mim
O céu da pipa
Não tem fim
O céu da pipa
É dentro de mim!
[ Raul Motta ]
sábado, 15 de outubro de 2011
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