domingo, 16 de outubro de 2011

Florluar

"Florluar"; aquarela, s.d.

Paisagem imaginada

"Paisagem"; aquarela, 1996

Humana natureza

"Humanatural"; aguada de nanquim, 1998
"Homem e árvore"; grafite, s.d.

"Envolve"; grafite e aquarela; s.d.


Corações

"Coração de menino"; grafite, s.d.


"Coração"; grafite, s.d.

Urbanos humanos

"Ser humano e sol"; aquarela, 2011

"Ser urbano"; aquarela, 2011

"Viver é desenhar sem borracha"

A frase que dá título a esta postagem é do genial Millôr Fernandes, eterno mestre do traço e da palavra, referência do desenho de humor sofisticado e do texto inteligente, artista de importância fundamental para o desenvolvimento das artes gráficas no Brasil. E como já disse um outro frasista genial, Karl Kraus [1874-1936], se "um aforisma é uma meia verdade, uma verdade e meia", a frase do Millôr é certamente uma dessas "meias verdades e meia" insofismáveis.

Pois esse frescor vital a que se refere Millôr é o mesmo que dá prazer a qualquer desenhista ao rabiscar sem compromisso, deixar fluir a mão e, assim, poder se surpreender com o resultado. Os desenhos a seguir são alguns desses rabiscos, fragmentos de uma "vida sem borracha"...

"Jogo de bola"; caneta bic, 2005

"Garoto"; caneta, 2011

Contemplativo

"Contemplativo"; grafite sobre papel, s/d

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Agradecimentos mais que especiais à poetamiga Clarice Villac, sensível antena e terna difusora das boas causas, por ter levado meu Contemplativo para fluir nas águas do blog Cantinho Literário SOS Rios do Brasil.
Grato, Clarice!

Valem uma visita:

O Cantinho é o afluente literário do blog SOS Rios do Brasil

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Clarice Villac no Ponto de Luz

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O desenho "Contemplativo" foi originalmente publicado no meu há palavra

Memórias...

"Horizontes"; aquarela, s/d

Sou carioca, mas com toda a primeira infância vivida em uma Brasília recém nascida, toda horizonte. Chão e céu competiam em imensidão e abrigavam os jogos de infância: finca, gude, guerra de mamonas... E a pipa, esse brinquedo que é também extensão do corpo, que nos permite voar com os pés no chão.

Pois essas memórias me vieram à lembrança ao encontrar esta aquarela numa antiga pasta de desenhos; e a aquarela, por sua vez, me lembrou este poema, publicado no meu há palavra e que transcrevo a seguir:




Solto a linha
Do carretel
Empino a pipa
Alto no céu

Sonhei um dia
Voar assim
Mas, pé no chão,
Caí em mim

O céu da pipa
Não tem fim
O céu da pipa
É dentro de mim!



[ Raul Motta ]

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