Baratas talvez sejam uma das espécies animais mais desprezadas entre todas as que habitam este planeta.
"- E por quê
é assim???", perguntaria uma baratinha aflita encurralada no canto de uma cozinha
qualquer, prestes a tomar uma chinelada ou vassourada mortais...
Sim, por quê?
Partindo do
princípio que não se pode amar o que se desconhece, e só se conhece
verdadeiramente o outro quando em relação com ele, talvez seja o momento de
nós, seres humanos demasiado humanos conhecermos um pouco mais da vida,
anseios, necessidades cotidianas, medos, pequenas alegrias e grandes
atribulações destes pequenos seres que já habitavam o planeta muito antes de
nós e que - ainda que na maior parte das vezes contra a nossa vontade, é
verdade... – nos acompanham nesta longa jornada de aprendizado comum que é a
existência terrena.
Nesta vida,
tudo é uma questão de ponto de vista. Então aprendamos com as baratas enquanto
é tempo, pois elas sobreviverão a nós – e não o contrário...
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Inaugurando
o HUMOR BARATO, apresento aos leitores Gregória, uma barata com alta
autoestima. O nome é uma óbvia referência a Gregor Samsa, personagem principal
da novela “Metamorfose”, de Franz Kafka [1883-1924].